Soma mais de R$ 3 bilhões o valor esperado para 2013 pelo Estado do
Ceará originado em acordos, parcerias e financiamentos já garantidos com
bancos e a União. Correspondente a projetos em andamento ou que deverão
ser iniciados em 2013, o governador Cid Gomes disse esperar esse
investimento para contrabalançar o desfalque tido, principalmente, no
Fundo de Participações dos Estados (FPE), que tem origem no repasse dos
impostos arrecadados pela União e transferidos às unidades da federação.
"Acho que a gente vai ter um ano difícil em receita, mas, por esforço
aqui do Estado, será um ano em que grandes financiamentos - que estavam
sendo trabalhados ao longo de 2012 - possam se concretizar de fato a
partir de 2013", disse o chefe do executivo estadual na manhã de ontem,
quando passou cerca de 15 minutos distribuindo panfletos e anunciando o
Revéillon da Solidariedade, em frente a um hotel da Avenida Beira-Mar.
Expansão da economia
A
expectativa dele é ancorar o desenvolvimento local nestes investimentos
e, assim, continuar com indicadores econômicos com desempenho acima dos
registrados pelo País.
O governador ainda projetou um crescimento de 3% para 2012, "pois os dados trimestrais vêm apontando para isso".
Origem
De
acordo com o governador do Estado, os cerca de R$ 3 bilhões esperados
são referentes a seguintes operações já acordadas: uma linha de
financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) chamado Proinvest, de R$ 1,08 bilhão; outra de R$ 700 milhões
com a mesma instituição; mais uma operação com de R$ 700 milhões com o
Banco Mundial; e a entrada de R$ 300 milhões de um financiamento com o
Banco Interamericano.
Além destes, o governador mencionou como
portas de entrada de mais investimento no Estado os projetos
relacionados ao combate à seca e amparo ao agricultor cearense. Entre
eles, estão: mais uma etapa do Projeto São José, um financiamento (sem
valor mencionado) com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário
(Fida), além do "PAC Estiagem, que vai envolver recursos da ordem de R$
650 milhões e talvez metade disso deve ser executado em 2013".
Linha Leste
"E
temos também vários convênios com o governo federal, como é o caso da
linha leste do metrô, que queremos começar. Já estamos pagando as
parcelas dos equipamentos que vão perfurar os túneis e vamos licitar a
escavação das trincheiras e a própria obra em si. Isso deverá acontecer
em 2013", contou.
2012 com menos
Depois de
classificar 2012 como um ano difícil, Cid Gomes apontou a política de
incentivos tributários do governo federal como o principal motivo desta
dificuldade sentida.Entre as portas de entradas de mais investimentos no Ceará, estão
programas de combate à seca e amparo ao agricultor, a exemplo do Projeto
São José, que terá mais uma etapa executada Foto: Alex Pimentel
"O
governo (federal) tem dado uma série de incentivos traduzidos em
redução de impostos e, na hora que ele reduz impostos para setor
automotivo, acaba fazendo com que as receitas transferidas para o Estado
diminuam", protestou.
Outra causa de uma caixa mais apertado em
2012, segundo o governador, é a contratação e "aumentos muito superiores
à inflação para categorias funcionais, principalmente, para o
magistério e policiais".
"Isso, obviamente, reduziu a capacidade
de investimento do Estado esse ano. Então, nesse ano, nós deveremos ter
um investimento bem menor que o do ano passado e acho que em 2013 a
gente deve recuperar isso", finalizou Cid Gomes.
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