terça-feira, 27 de novembro de 2012

Previsão de chuvas abaixo do normal divide órgãos técnicos

Ocorrência de chuvas abaixo da faixa normal (40%) para grande parte da Região Nordeste. Essa é a previsão climática para o trimestre meteorológico com início em dezembro de 2012 e termino em fevereiro de 2013, elaborado pelo grupo operacional de meteorologistas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), órgão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Essa previsão, no entanto, foi rechaçada, ontem, pelo presidente da Fundação de meteorologia (Funceme), Eduardo Sávio Martins, que informou não haver ainda parâmetros para que, seguramente, se informe sobre a quadra chuvosa de 2013.
Segundo Eduardo, a pré-estação possui baixa previsibilidade, daí que os esforços dos meteorologistas se concentram no espaço de janeiro até abril. Os sinais verificados até o momento apontariam para uma estabilidade no Pacífico, o que neutraliza sua influência no período chuvoso de janeiro a maio e mais ocorrência de vórtices ciclônicos no Atlântico, que levariam agora a pancadas de chuvas no litoral.
Conforme a assessoria de imprensa da Funceme, as informações atribuídas ao Inpe não são compartilhadas pela Funceme, que se omite a falar sobre prognóstico antes de avaliar melhor o Atlântico até meados de janeiro do próximo ano.
Eduardo ressaltou que uma avaliação mais precisa começa rá a ser estudada em dezembro, inclusive quando se avaliará as chuvas para a região do Cariri, e ainda em Janeiro de 2013.
Os pesquisadores ressaltam esse fenômeno como principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas sobre o norte da Região Nordeste do Brasil durante os primeiros meses do ano. As temperaturas podem variar entre normal e acima da normal climatológica, como resultado da maior probabilidade de estiagem nesse período.

Ainda conforme o grupo de meteorologistas, as anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) permanecem com valores até 2ºC acima da média no setor oeste do Pacífico Equatorial. Porém, o surgimento de anomalias negativas de TSM no setor leste deste oceano e os índices de monitoramento atmosférico e oceânico do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) vêm apresentando valores indicativos de normalidade. Continuam sugerindo a persistência de condições de neutralidade do fenômeno ENOS pelo menos até o início do próximo ano. A maioria dos modelos de previsão climática também indica esta tendência para os próximos três meses, explicam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário