Ocorrência de chuvas abaixo da faixa normal (40%) para grande parte da
Região Nordeste. Essa é a previsão climática para o trimestre
meteorológico com início em dezembro de 2012 e termino em fevereiro de
2013, elaborado pelo grupo operacional de meteorologistas do Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), órgão do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Essa previsão, no entanto, foi
rechaçada, ontem, pelo presidente da Fundação de meteorologia (Funceme),
Eduardo Sávio Martins, que informou não haver ainda parâmetros para
que, seguramente, se informe sobre a quadra chuvosa de 2013.
Segundo Eduardo, a pré-estação possui baixa previsibilidade, daí que os
esforços dos meteorologistas se concentram no espaço de janeiro até
abril. Os sinais verificados até o momento apontariam para uma
estabilidade no Pacífico, o que neutraliza sua influência no período
chuvoso de janeiro a maio e mais ocorrência de vórtices ciclônicos no
Atlântico, que levariam agora a pancadas de chuvas no litoral.
Conforme
a assessoria de imprensa da Funceme, as informações atribuídas ao Inpe
não são compartilhadas pela Funceme, que se omite a falar sobre
prognóstico antes de avaliar melhor o Atlântico até meados de janeiro do
próximo ano.
Eduardo ressaltou que uma avaliação mais precisa
começa rá a ser estudada em dezembro, inclusive quando se avaliará as
chuvas para a região do Cariri, e ainda em Janeiro de 2013.
Os pesquisadores ressaltam esse fenômeno como principal sistema
responsável pela ocorrência de chuvas sobre o norte da Região Nordeste
do Brasil durante os primeiros meses do ano. As temperaturas podem
variar entre normal e acima da normal climatológica, como resultado da
maior probabilidade de estiagem nesse período.
Ainda conforme o
grupo de meteorologistas, as anomalias de Temperatura da Superfície do
Mar (TSM) permanecem com valores até 2ºC acima da média no setor oeste
do Pacífico Equatorial. Porém, o surgimento de anomalias negativas de
TSM no setor leste deste oceano e os índices de monitoramento
atmosférico e oceânico do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) vêm
apresentando valores indicativos de normalidade. Continuam sugerindo a
persistência de condições de neutralidade do fenômeno ENOS pelo menos
até o início do próximo ano. A maioria dos modelos de previsão climática
também indica esta tendência para os próximos três meses, explicam.
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